domingo, 3 de junho de 2012

Jovens se encontram para dançar estilo de Street Dance, o breaking, no centro de Curitiba

Street Dance debaixo da marquise

Publicação do Jornal comunicação. Data:  Publicada em 17/11/11 

Jovens se encontram para dançar estilo de Street Dance, o breaking, no centro de Curitiba
Reportagem Paulo Ferracioli
Edição Olívia Baldissera

  O jovem Hélcio da Silva trabalha durante a semana em um shopping center de Curitiba. Nas noites de sábado, sai do trabalho e não vai pra casa, mas se encaminha para o centro da cidade. É na esquina das Ruas Marechal Deodoro e João Negrão, em frente ao Shopping Itália, que ele encontra os amigos e pratica seu hobbie: dançar breaking, um estilo de dança urbana ligada ao movimento Hip-Hop. 

Jovem empolga o público com apresentação de breaking

Assim que o shopping fecha as portas, já se forma a primeira rodinha de dançarinos do breaking, os B-boys. Um de cada vez, eles vão para o meio da roda e começam a apresentação. São passos que envolvem as pernas e os braços. Os movimentos mais chamativos são feitos à altura do chão. Não é raro que os espectadores precisem se afastar um pouco para não serem atingidos por uma perna, resultado de um movimento mal calculado

A plateia é composta de gente de todo tipo, de pedintes embriagados a adolescentes que voltam do supermercado. A jovem Milena Coelho foi pela primeira vez conferir as apresentações e se surpreendeu com o que viu. “Eles fazem movimentos incríveis, com uma qualidade muito boa”, declara a espectadora, que não desgrudava os olhos da dança. “Quando chega o final do ano e começam as apresentações de Natal no Palácio Avenida, várias famílias param e ficam observando os passos”, conta Hélcio.

Sábado é o dia de movimento intenso nesse palco improvisado. Durante a semana, alguns B-boys e B-girls ensaiam coreografias naquele espaço, mas sem atrair uma multidão. Na última noite da semana, a área toda fica ocupada pelos dançarinos e pelo público que quer acompanhar os movimentos do breaking. As músicas, em um volume razoável, vêm de um rádio de pilha e são escolhidas pelos primeiros que chegam ao local. O auxílio de DJs só é preciso nos concursos, para fazer a passagem entre as trilhas sonoras de cada competidor.

O espaço debaixo da marquise do shopping não serve apenas para as danças. É de lá que saem as excursões realizadas pelo grupo para acompanhar eventos de Hip-Hop pelo Brasil. O concurso realizado no dia acompanhado pela reportagem tinha como prêmio uma excursão para São Paulo, para acompanhar um evento de repercussão nacional no início de dezembro

Breaking é cultura
 
Essa reunião de jovens não se resume a uma simples dança. Durante a semana, alguns ensaiam em lugares como a Praça Osvaldo Cruz e o pátio do Museu Oscar Niemeyer. Ter a chance de mostrar as habilidades em um espaço público central é uma oportunidade valorizada pelos B-boys, que possuem autorização da administração do Shopping Itália para dançar no local. “Dançar breaking é a forma que encontramos para expressar nossa cultura”, resume Bispo SB, produtor cultural de hip-hop em São Paulo e famoso dançarino de breaking.

O que é o breaking
  A dança breaking é um dos quatro pilares do movimento Hip-Hop, ao lado do grafite, do rap e do DJ. Ela surgiu nos anos de 1970, nos bairros de população negra e latina de Nova Iorque e hoje desfruta de adeptos em todo o mundo. Assim como o locking e o popping, é considerado um estilo de dança de rua (Street Dance).


Link dá Reportagem http://www.jornalcomunicacao.ufpr.br/node/10436

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